Blog do Vinícius Segalla

Autoridades federal e estadual respondem sobre plano de obras no Amazonas

Vinícius Segalla

O Governo do Estado do Amazonas divulgou na última segunda-feira uma nota à imprensa em réplica às informações divulgadas por este blog no post ''Projeto original fracassa e políticos criam novo plano de obras para Manaus a 10 meses da Copa''. As autoridades estaduais confirmam que o projeto inicial não está mais programado para terminar a tempo da Copa, mas sim a partir de 2015. Também afirmam que a culpa pelos atrasos é do governo federal, que não liberou os recursos para a obra.

Já o ministro do Esporte, Aldo Rebello, nesta terça-feira, foi indagado no Senado Federal sobre o plano de obras de Manaus para a Copa. Veja o que ele disse, em reportagem de Aiuri Rebello, da sucursal de Brasília do UOL.

 

''Eu sabia que isso ia acontecer'', diz ministro sobre fracasso em obras de Manaus

Aiuri Rebello
Do UOL, em Brasília

Questionado por senadores durante sabatina na Subcomissão Permanente da Copa de 2014 do Senado sobre a revelação do UOL Esporte de que o projeto para obras de mobilidade urbana em Manaus falhou e foi refeito a 10 meses do Mundial, o ministro do Esporte afirmou que ''sabia que isso ia acontecer''. ''Já achava que isso ia acontecer. Não recebi nenhum relatório oficial, mas sabia dos problemas que as obras por lá enfrentavam, principalmente por falta de recursos federais e problemas de licenciamento ambiental nos projetos'', disse Aldo Rebelo.

''Acredito que por isso foi lançado este novo plano de obras. O governo e a Prefeitura de Manaus contam com todo o nosso apoio para levar a cabo este novo plano'', afirmou Rebelo.

O ministro afirmou ainda que o cronograma de execução das obras  na Arena Amazônia e na Arena Pantanal, em Cuiabá, preocupa do governo. Apesar disso, o ministro acredita que é possível compensar os atrasos no final do projeto. ''A parte elétrica pode ser feita junto com a hidráulica, por exemplo, e outros ajustes como este são possíveis'', disse Rebelo.

Manaus, uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, possuía um dos mais avançados planos de obras de mobilidade urbana entre as cidades que irão receber o mundial de futebol, aprovado em janeiro de 2010.

Até esta segunda-feira, porém, as duas principais intervenções previstas no projeto, cujo orçamento somado estava na casa dos R$ 2 bilhões, ainda não haviam saído do papel. Para resolver a questão, propõe-se, a dez meses da Copa, um plano alternativo, que custará mais R$ 1 bilhão, com dez obras, estas sim com possibilidade de estarem concluídas a tempo.