Corintiano que andou do RJ ao Itaquerão para pagar promessa vive dias de celebridade em SP
Vinícius Segalla
O corintiano Rodrigo Parente, o Língua, que caminhou por 15 dias (de 18 de agosto a primeiro de setembro) do Rio de Janeiro a São Paulo para pagar uma promessa por ter conseguido assistir à primeira partida da final da Libertadores do ano passado na Bombonera, em Buenos Aires, está vivendo a bonança após a tempestade.
A viagem, planejada para durar nove dias, levou 15. Foi mais difícil do que ele pensava. “Não imaginei que ia ter tanta dor no pé, tanta bolha”, explica Parente, que chegou no último domingo em São Paulo e, no momento em que este post é publicado, já está em um carro fazendo o caminho de volta da Via Dutra.
Chegando a São Paulo, porém, tudo mudou. Ele foi recebido por funcionários do Corinthians na tarde de domingo, no Pacaembu, onde o time paulista venceu o Flamengo por 4 a 0, no data de aniversário da fundação corintiana.
A Gaviões da Fiel deu sete ingressos ao pagador de promessa, o clube alvinegro deu mais quatro. “Mas ainda tava faltando um para que pudessem entrar todos os familiares e amigos que estavam comigo”. Língua só entrou no campo aos 20 minutos do primeiro tempo, após conseguir a entrada que faltava.
Queria dar a volta olímpica no estádio, mas diz que a Federação Paulista de Futebol não deixou. “Não autorizaram, cara, não quiseram deixar”.
Já a assessoria de imprensa do Corinthians informou que a confirmação de que Parente estaria no Pacaembu para o jogo de domingo chegara tarde demais, após o horário comercial da sexta-feira, e que isso inviabilizou que se cumprisse o protocolo de autorização da federação de futebol.
Mas isso não tirou a alegria do corintiano, que foi recebido nesta segunda-feira pelo ex-presidente corintiano Andrés Sanchez, em pleno gramado do futuro estádio do Corinthians em Itaquera, na zona leste de São Paulo. Participou do programa Donos da Bola, na TV Bandeirantes, e apareceu no Jornal das Band. Deu entrevistas para coisa de dez ou mais veículos. “A Globo queria que eu fosse em um programa, mas era tarde, eu já tô voltando pro Rio, não foi por mal, mas tive que recusar”, explica-se. A emissora não confirma o convite.
A volta de Parente ao Rio é urgente porque envolve outra de suas paixões, a esposa. “A mulher tá cuidando do nosso restaurante sozinha, não aguenta mais fazer sushi. Se eu não voltar logo, quem entra na faca sou eu, e não o peixe”.